Rabah Madjer, Viena, 1987. Radamel Falcao, Porto, 2009. O mesmo golpe de calcanhar, o mesmo tributo ao sucesso azul e branco. Agora como há 22 anos, a genialidade num movimento de artista. Falcao, o colombiano, dá a primeira vitória ao F.C. Porto na Liga dos Campeões 2009/10. Madjer, o argelino, sorri, entregue à nostalgia.
O minuto 76 deste F.C. Porto-Atl. Madrid é sublime. Hulk insiste a dois tempos na área colchonera, Falcao enleia-se na defesa contrária e dá a estocada certeira. O estertor da morte chega poucos momentos depois, com o golo de Rolando. O Atlético agoniza, moribundo, e perece com naturalidade.
Esta história começa pelo fim. O enredo, intrincado, apontava até para um desenlace distinto. Mas o argumento é bom, complexo. Confunde, sugere pistas enganadoras, agarra o espectador à cadeira. O F.C. Porto, protagonista principal, afinal sobrevive. Sobrevive a 62 minutos medíocres e aniquila o vilão.
Dez anos depois, o irredutível dragão volta a matar um invasor espanhol.
...Orgulho Nacional...