E, finalmente, à terceira jornada, a TVI ganhou o sábado nas audiências. As mesmas audiências contadas pelo mesmo sistema de cuja credibilidade, quinze dias antes, a estação duvidou (e pouca gente terá reparado que a auditoria ao sistema da Marktest/MediaMonitor não vai ter lugar visto que está a ser aberto concurso para a revisão e actualização do processo de amostragem).
Bastou um jogo grande, o Benfica-Vitória de Setúbal, e a ausência de concorrência na concorrência (já se percebeu por esta altura que o concurso de José Carlos Malato e Fernando Mendes, Carrega no Botão, não descola nem mais por uma), e eis Queluz a mostrar porque é que assegurou a primeira liga – porque, quando o jogo é forte, a recompensa de audiências é grande (14,1 de rating, equivalente a quase 1 milhão e 350 mil espectadores, e 43,8 pontos de share de audiência).
Mas o jogo não o é sempre, nem é o sempre da mesma maneira – e o futebol nem sempre chega para garantir a liderança (tal como as novelas nem sempre chegam, ou o Gato Fedorento nem sempre chegou). Claro que não é preciso achar que as audiências são mais ou menos fiáveis para compreender que, pelo cálculo das probabilidades, era uma questão de tempo até haver um jogo suficientemente forte para garantir a liderança – somar: futebol + futebolite aguda do público português + futebolite aguda dos noticiários e dos jornais + ausência de concorrência forte...